O Retorno ao Papel: Escolas Suecas Redescobrem Livros e Inspiram Reflexão no Brasil
- Sérgio Merli
- 29 de jan.
- 2 min de leitura
Iniciativas na Suécia e debates no Brasil destacam a importância de limitar o uso de telas e priorizar a leitura física para o desenvolvimento das crianças.

Em tempos de digitalização desenfreada, as escolas da Suécia estão promovendo um retorno às raízes da educação: o uso de livros físicos. Em um esforço para melhorar o aprendizado e a concentração dos estudantes, instituições suecas vêm reduzindo o uso de dispositivos digitais e redescobrindo os benefícios da leitura em papel. Em um relato emocionante, muitos alunos demonstraram surpresa e encanto ao explorar o mundo dos livros físicos, redescobrindo o prazer de folhear páginas e mergulhar nas histórias.
No Brasil, a reflexão sobre o impacto das telas na educação também está em alta. O país está prestes a aprovar uma legislação que restringe o uso de aparelhos celulares em escolas, uma medida amplamente apoiada por educadores e especialistas. O escritor e ilustrador Sergio Merli é um defensor dessa iniciativa. Segundo ele, “é essencial que as crianças tenham um ambiente que promova a concentração e a imersão, qualidades que os livros físicos proporcionam de forma única.”
Estudos recentes reforçam essa posição. O neurocientista Francisco Mora, autor de Neuro Educação e outras obras, aponta que o excesso de leitura digital em crianças e adolescentes pode prejudicar habilidades cruciais como a concentração, a capacidade de tomar decisões e a empatia. As telas, além de promoverem uma leitura fragmentada, muitas vezes sobrecarregam o cérebro com estímulos constantes, dificultando o aprendizado profundo.
A Suécia, ao priorizar os livros físicos, serve de inspiração para uma mudança global na forma como encaramos a educação em um mundo digital. Ao limitar o uso de dispositivos digitais, os educadores suecos não apenas fortalecem o vínculo dos alunos com o material didático, mas também promovem um aprendizado mais significativo e duradouro.
No Brasil, medidas como a restrição ao uso de celulares nas escolas podem ser um passo importante para equilibrar o uso da tecnologia com práticas educativas tradicionais. Como ressalta Merli, “o desafio é preparar as novas gerações para o futuro sem perder de vista o que há de mais essencial na formação humana: a conexão profunda com o conhecimento e a capacidade de refletir sobre ele.”
Que essas iniciativas, na Suécia e no Brasil, inspirem mais escolas e famílias a encontrar o equilíbrio entre o digital e o físico, proporcionando às crianças um desenvolvimento mais pleno e saudável.
Sobre o autor desse blog
Sérgio Merli é escritor, ilustrador, designer gráfico e palestrante. O autor deste artigo escreveu e ilustrou vários livros publicados pelas editoras Melhoramentos, Suinara e Paulus. Sergio Merli realiza palestras em escolas e eventos culturais falando sobre literatura, arte e meio ambiente, sempre com desenhos ao vivo. Ele também ilustra obras para outros autores. Clique aqui e saiba mais.






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